
Todo fim de ano carrega uma armadilha silenciosa: a pressa em resumir tudo em números, metas batidas ou listas de conquistas. Mas alguns anos — como 2025 — não pedem balanço. Pedem leitura atenta.
2025 foi um ano de presença.Presença nas decisões difíceis, nas conversas necessárias, nos silêncios que ensinaram mais do que muitos discursos. Não foi um ano de grandes rupturas visíveis, mas de ajustes profundos. Aqueles que quase ninguém vê, mas que mudam o rumo de tudo.
Ao longo de 2025, ficou evidente que maturidade não tem relação com endurecimento. Pelo contrário: amadurecer foi aprender a sustentar escolhas, assumir limites e entender que nem toda expectativa externa merece espaço interno. Algumas portas se fecharam com naturalidade. Outras permaneceram abertas porque havia propósito, respeito e verdade.
Foi também um ano de muito trabalho. Intenso, como costuma ser. Mas com uma consciência mais clara sobre o como e o com quem. Menos urgência em agradar, mais critério em construir. Menos ruído, mais intenção. O tempo passou a ser tratado como ativo valioso — e não mais como algo a ser disputado.
Se 2025 ensinou, 2026 chega pedindo coerência.
Coerência entre discurso e prática. Entre o que se comunica e o que se vive. Entre a velocidade do mundo e o ritmo possível de quem deseja permanecer inteiro no processo. 2026 não se apresenta como um ano de excesso, mas como um convite à direção.
Não se trata de fazer mais, mas de fazer melhor.Com responsabilidade, com ética, com profundidade.
Que 2026 seja um ano de presença real — nas relações profissionais, nos projetos que importam e nas histórias que merecem ser contadas com cuidado. Um ano para fortalecer o que já foi construído com consistência e abrir espaço para o novo sem ansiedade, sem atalhos e sem perder de vista os valores que sustentam cada escolha.
Talvez 2026 não seja um ano espetacular aos olhos de fora.Mas que seja sólido por dentro.
Porque quando há coerência, o crescimento acontece de forma orgânica. E, mais importante: permanece.
Feliz 2026!
Por: Vanessa Giannellini